Eis-nos aqui no caminho
traçado por nossa mão.
Cada braço traz um punho
e cada punho um punhal.
Bandoleiros na vida,
vida errante era o destino!
Nas costas nasceram traços
da vida dura, sem pão.
Rugas dos covais da vida
cemitérios de ilusão!...
Mortos, mortos mas com vida
quase à beira do chão.
Quase à beira do chão
rastejantes, vermes, podres!...
Pobre miséria do mundo
só o dinheiro é patrão.
Só o dinheiro é senhor
dos vermes sujos do chão
Cada verme traz um punho
Com uma faca na mão.
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