Vão vagos pela estrada,
Cantando sem razão
A última esp'rança dada
À última ilusão.
Não significam nada.
Mimos e bobos são.
Vão juntos e diversos
Sob um luar de ver,
Em que sonhos imersos
Nem saberão dizer,
E cantam aqueles versos
Que lembram sem querer.
Pajens de um morto mito,
Tão líricos!, tão sós!,
Não têm na voz um grito,
Mal têm a própria voz;
E ignora-os o infinito
Que nos ignora a nós.
Um poema que muito aprecio.
ResponderEliminarFeliz Ano Novo, Ricardo.
Grata pela companhia e pelos bons momentos de leitura que me tem proporcionado.
Deixo um abraço.
O sentimento é recíproco, Sónia.
EliminarUm abraço, também.